A Barragem de Pirapora, que represa o Rio Tietê no município de Pirapora do Bom Jesus, está recebendo serviços de remoção de vegetação aquática e detritos flutuantes. O serviço, sob responsabilidade da SP Águas, foi iniciado em março e, até o fim deste ano, também receberá desassoreamento do reservatório.
Também está prevista, ainda em 2025, a instalação de uma barreira de contenção flutuante no Rio Tietê, com o objetivo de reter resíduos sólidos que descem pela calha do rio.
As intervenções fazem parte do programa Integra Tietê, executado pela agência reguladora dos recursos hídricos vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
A previsão é investir R$74,5 milhões na remoção de 252,6 mil m³ de vegetação macrófita e detritos flutuantes, além de 250 mil m³ de material assoreado acumulado no fundo do reservatório.
Os serviços visam melhorar a operação da barragem, otimizando o funcionamento das comportas e ampliando sua capacidade de armazenamento. Atualmente, a represa encontra-se com cerca de 90% de sua capacidade comprometida por assoreamento.
“Esta é mais uma ação estratégica para modernizar a infraestrutura hídrica do estado, garantindo maior eficiência na gestão dos recursos hídricos e reforçando a segurança do sistema. Ao enfrentar desafios históricos com soluções estruturadas e investimentos consistentes, avançamos na construção de um modelo mais resiliente e sustentável para o futuro”, afirma a diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana.
Barreira de contenção
Além da limpeza de vegetação e detritos flutuantes em andamento no reservatório de Pirapora, serão instaladas barreiras flutuantes no Rio Tietê. A medida, atualmente em desenvolvimento de projeto, visa reter os resíduos sólidos antes que cheguem à barragem de Pirapora.
O ponto de instalação foi estrategicamente definido em um trecho do rio que já recebeu a contribuição de diversos afluentes e áreas urbanizadas da Região Metropolitana de São Paulo. Nessa região, o descarte irregular de resíduos, como plásticos e outros materiais, é intenso e favorece o acúmulo de lixo flutuante. Esse material, se não interceptado, tende a se deslocar até o reservatório, agravando o processo de assoreamento, dificultando o escoamento das águas e comprometendo a operação da barragem.